quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
A Humildade do pinheiro na Fábula natalina
Conta-se que, quando os pastores foram adorar o Divino Infante, decidiram levar-lhe frutos e flores produzidos pelas árvores de modo prodigioso. Depois dessa colheita, houve uma conversa entre as plantas, num bosque. Regozijavam-se elas de ter podido oferecer algo a seu Criador recém-nascido: uma, suas tâmaras; outra, suas nozes; uma terceira, suas amêndoas; outras ainda, como a cerejeira e a laranjeira, que haviam oferecido tanto flores quanto frutos. Do pinheiro, porém, ninguém colheu nada. Pontudas folhas, ásperas pinhas, não eram dons apresentáveis.
O pinheiro reconheceu sua nulidade. E não se sentindo à altura da conversa, rezou em silêncio: “Meu Deus recém-nascido, o que Vos oferecer? Minha pobre e nula existência. Esta, alegremente Vo-la dedico, com grande agradecimento por me terdes criado na vossa sabedoria e bondade”.
Deus se comoveu com a humildade do pinheiro. E, em recompensa, fez descer do céu e se afixarem nele uma multidão de estrelinhas. Eram de todos os matizes que existem no firmamento: douradas, prateadas, vermelhas, azuis.. Quando o outro grupo de pastores passou, levou não apenas os frutos das demais árvores, mas o pinheiro inteirinho, a árvore de tal forma maravilhosa, da qual nunca se ouvira falar.
E lá foi o pinheiro ornar a gruta de Belém, sendo colocado bem junto do Menino Jesus, de Nossa Senhora e de São José.
Este é o motivo ao qual enfeitamos nossos pinheiros.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário